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Disbiose Intestinal: Sintomas, Diagnóstico e Quando Procurar Ajuda

A disbiose intestinal é um desequilíbrio na microbiota intestinal que pode impactar negativamente a digestão, a absorção de nutrientes e o sistema imunológico. Identificar os sintomas precocemente e saber quando procurar ajuda médica é crucial para manter a saúde digestiva.

Indicativos de Disbiose Intestinal

Distúrbios Digestivos Comuns

Sintomas como inchaço, gases, diarreia, constipação e dor abdominal são frequentemente associados a desequilíbrios na microbiota intestinal.

Alterações no Trânsito Intestinal

Mudanças na frequência ou consistência das fezes, como fezes muito duras ou líquidas, podem ser sinais de problemas intestinais.

Sensibilidade Alimentar Aumentada

Reações adversas após a ingestão de certos alimentos são comuns quando há desequilíbrio na flora intestinal.

Desenvolvimento de Intolerâncias Alimentares

O surgimento de intolerâncias, como à lactose ou ao glúten, pode estar relacionado a alterações na microbiota.

Mau Hálito

Mesmo com boa higiene oral, o mau hálito pode ser um indicativo de desequilíbrio intestinal.

Sintomas Fora do Trato Gastrintestinal

Fadiga Crônica

A disbiose pode comprometer a absorção de nutrientes, resultando em fadiga persistente.

Flutuações de Humor

Alterações no humor, como depressão ou ansiedade, podem estar ligadas a problemas intestinais devido à conexão intestino-cérebro.

Problemas de Pele

Condições como eczema, acne ou psoríase podem ser exacerbadas por desequilíbrios na microbiota.

Desejos por Açúcar

Um aumento no desejo por alimentos açucarados pode indicar desequilíbrios, já que certas bactérias prejudiciais se alimentam de açúcar.

Imunidade Reduzida

Um aumento na frequência de doenças pode ser um sinal de que a saúde intestinal está comprometida.

Próximos Passos

Se você apresenta um ou mais desses sintomas, é importante considerar a possibilidade de um desequilíbrio na microbiota intestinal. Procure um especialista em saúde digestiva para um diagnóstico preciso e orientações de tratamento eficazes.

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Protocolo 5R para saúde intestinal

Programa 5R

O programa 5R (remover, repor, repovoar, reparar e reequilibrar) é uma abordagem nutricional que tem como objetivo melhorar as funções digestivas e a saúde intestinal em 5 etapas:

 

ETAPA 01.

A partir da análise da sua dieta, é feita a REMOÇÃO de alimentos e substâncias potencialmente alergênicas (ou que causem sensibilidade/intolerância), irritativas e inflamatórias para o intestino, que possam te causar desconforto como sensação de má digestão, gases e distensão abdominal, por exemplo.

 

ETAPA 02.

É estimulada a recuperação do processo digestivo, ou seja, a quebra dos alimentos para a liberação de seus nutrientes, por meio da REPOSIÇÃO de enzimas digestivas, e de alimentos que ajudam o organismo a produzir essas enzimas e melhorar a digestão.

 

ETAPA 03.

A ideia desta etapa é REPOVOAR o intestino com baterias benéficas, tanto colocando baterias boas pelo uso de probióticos, quanto estimulando o crescimento das bactérias boas já existentes no seu intestino, por meio do uso de prebióticos.

 

ETAPA 04.

Por meio da adição de compostos nutricionais e suplementos, é trabalhado o REPARO da mucosa intestinal (da parede do intestino), para garantir que os nutrientes liberados pela digestão dos alimentos sejam bem absorvidos pelo intestino.

 

ETAPA 05.

Esta etapa considera a inclusão/manutenção de hábitos de vida (atividade física, práticas para controle do estresse e qualidade do sono) que favoreçam, junto com a dieta, o REEQUILIBRIO da saúde do trato gastrointestinal.

 

Com o uso do Protocolo 5R e o restabelecimento do processo de digestão e absorção, ao final é elaborada uma dieta personalizada, com a exclusão de alimentos gatilhos de desconfortos e inclusão de alimentos e suplementos necessários para a manutenção da saúde adquirida com o processo.

Este protocolo inclui a dieta low FODMAP como parte do processo.

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Dieta Low FODMAP

O que são FODMAPs?

É no intestino delgado que ocorre a maior parte da digestão e absorção de nutrientes. Os FODMAPs são grupos de carboidratos fermentáveis, que não são completamente digeridos ou absorvidos nessa parte do intestino. Então, eles se movem lentamente atraindo água para essa região, podendo resultar em sintomas como inchaço abdominal, distensão e desconforto.

Quando chegam no intestino grosso são fermentados pelas bactérias intestinais, produzindo gases, que podem causar flatulência e desconforto abdominal EM ALGUMAS PESSOAS.

OS FODMAPs FAZEM PARTE DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, não são prejudiciais para todos, mas ALGUMAS PESSOAS SÃO MAIS SENSÍVEIS e podem experimentar sintomas.

O principal uso dessa dieta é no tratamento da síndrome do intestino irritável (SII), mas também pode ser aplicada como parte do tratamento para alívio de desconfortos gastrointestinais durante o tratamento de outras doenças, como as doenças inflamatórias intestinais (DII), algumas doenças autoimunes e endometriose.

 

Como é a dieta LOW FODMAP?

A ideia da dieta LOW FODMAP, criada pela Monash University é reduzir temporariamente a ingestão de carboidratos fermentáveis para aliviar sintomas como inchaço, distensão e desconforto abdominal. Faz parte do tratamento da síndrome do intestino irritável (SII), e pode ser aplicada também no tratamento de doenças inflamatórias intestinais (DII), algumas doenças autoimunes e endometriose.

 

É dividida em três fases:

 

ELIMINAÇÃO

Nesta fase todos os alimentos fontes de carboidratos fermentáveis são praticamente retirados da dieta – veja que a dieta é LOW FODMAP, e não “NO FODMAP”! O objetivo é reduzir significativamente sintomas como estufamento abdominal, gases e desconforto. Esta fase dura entre 4 a 8 semanas.

 

REINTRODUÇÃO

Como os alimentos ricos em FODMAPs fazem parte de uma alimentação saudável, o objetivo desta fase é a reintrodução destes alimentos.

Os alimentos são reintroduzidos de maneira gradual e controlada. É analisada a tolerância a cada grupo de fermentáveis; quais alimentos são gatilhos, se cada alimento tolerado possui uma quantidade limite e se existe tolerância na combinação destes alimentos. Esta fase dura cerca de 6 a 8 semanas.

 

PERSONALIZAÇÃO

Descobertos os gatilhos alimentares, o profissional habilitado elabora um plano personalizado, substituindo os alimentos não tolerados por outros de valor nutricional semelhante, evitando assim, carências nutricionais em longo prazo.

 

Como você viu, essa dieta tem começo, meio e fim. Deve ser feita com acompanhamento de um profissional habilitado, a fim de evitar carências nutricionais. Não deve ser adotada como dieta de emagrecimento ou estilo de vida! 😉

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O que fazer para desinflamar o intestino?

Você sabia que cuidar da saúde do seu intestino é essencial para uma vida equilibrada e cheia de energia?

Ter um intestino saudável é essencial para o bom funcionamento do nosso corpo. Quando o intestino está inflamado, podemos enfrentar desconforto abdominal, irregularidade intestinal e até mesmo problemas de saúde mais sérios. Se você está buscando maneiras práticas e baseadas em evidências científicas para desinflamar o seu intestino, este artigo é para você.

Aqui, vamos explorar estratégias eficazes e seguras que podem ajudar a promover uma saúde digestiva equilibrada. Acompanhe nossas dicas e descubra como cuidar do seu intestino de forma consciente e saudável.

 

Alimentação adequada:

Uma das principais formas de desinflamar o intestino e melhorar sua presença online é através de uma alimentação adequada. Priorize alimentos ricos em fibras, como frutas, legumes, grãos integrais e sementes. As fibras ajudam a regular o trânsito intestinal e promovem o crescimento de bactérias benéficas no intestino. Além disso, evite alimentos processados, ricos em gorduras saturadas e açúcares refinados, pois eles podem aumentar a inflamação no organismo. Mantenha-se hidratado, beba água regularmente ao longo do dia para auxiliar na digestão e na eliminação de toxinas. Lembre-se de incorporar palavras-chave relacionadas ao seu trabalho de nutricionista e saúde intestinal em seu conteúdo online para melhorar a otimização de busca.

 

Atenção aos alimentos irritantes:

Algumas pessoas podem ter sensibilidade a certos alimentos que podem desencadear a inflamação intestinal. Fique atento aos alimentos que podem causar desconforto, como laticínios, glúten, alimentos picantes e alimentos com alto teor de gordura.

 

Gerenciamento do estresse:

O estresse crônico pode ter um impacto negativo no sistema digestivo e contribuir para a inflamação intestinal. Encontre maneiras saudáveis de lidar com o estresse, como praticar exercícios físicos, meditação, yoga ou hobbies relaxantes. Priorize o autocuidado e o equilíbrio emocional para promover uma saúde digestiva ótima.

 

Atividade física regular:

A prática regular de exercícios físicos pode ajudar a promover a saúde do intestino, estimulando o movimento peristáltico e a motilidade intestinal. Escolha atividades que você goste e pratique-as regularmente. Caminhadas, corridas, natação ou aulas de dança são algumas opções que podem contribuir para o bom funcionamento do seu intestino.

 

Desinflamar o intestino requer uma abordagem que envolve uma alimentação adequada, atenção aos alimentos irritantes, gerenciamento do estresse e atividade física regular. É importante lembrar que cada pessoa é única, e as necessidades individuais podem variar. Se você está enfrentando problemas digestivos persistentes, é recomendado buscar a orientação de um profissional de saúde qualificado.

Cuide do seu intestino, pois uma saúde digestiva equilibrada é essencial para o seu bem-estar geral.

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Retocolite Ulcerativa

Fase Ativa da Retocolite Ulcerativa

Na fase ativa da Retocolite Ulcerativa (RCUI), a inflamação no cólon e no reto podem causar sintomas como cólicas abdominais, urgência para defecar, diarreia crônica com presença de sangue, perda de peso e fadiga.

O tratamento nutricional nesta etapa, em conjunto com a terapia medicamentosa prescrita pelo médico, tem como objetivo:

– Minimizar os sintomas

– Promover a cicatrização das lesões intestinais

– Reduzir a inflamação

– Melhorar a qualidade de vida

Como é a dieta?

A dieta varia de acordo com a gravidade dos sintomas e a resposta individual, mas no geral se inicia com a exclusão de alimentos irritantes da mucosa intestinal e de alimentos fermentativos, isso evita piora das cólicas e a diarreia. A dieta inclui alimentos de fácil digestão e que atuam na recuperação das funções das células intestinais e da microbiota intestinal, reduzindo inflamação, reduzindo o número de evacuações e melhorando a consistência das fezes. A suplementação nutricional pode ser necessária para garantir a adequada ingestão de nutrientes e garantir uma recuperação mais rápida do intestino.

O que esperar do tratamento?

Após poucos dias de dieta, a sensação de dor e desconforto já reduz significativamente.

Ao longo das semanas, com a redução da inflamação e recuperação progressiva do intestino, vai ocorrendo uma redução no número de evacuações em conjunto com uma melhora na consistência das fezes e consequentemente, melhora do estado nutricional e do peso.

O tempo para chegar à remissão clínica varia de acordo com a condição inicial do paciente e sua disciplina com a dieta e uso dos medicamentos, mas normalmente com 6 a 8 semanas de tratamento já conseguimos redução expressiva ou até mesmo ausência de sintomas, o que significa que a doença está controlada.

A partir de então, inicia-se a reintrodução gradual dos alimentos quem mantenham a doença em remissão e um ótimo estado nutricional, até liberação médica.

E depois?

A RCUI não tem cura, mas tem controle e pode ficar anos em remissão.

Caso você não tenha nenhum diagnóstico de alergia ou intolerância alimentar, todos os alimentos serão permitidos dentro do contexto de uma alimentação saudável, ou seja, você deverá seguir as mesmas recomendações que qualquer outra pessoa sem restrições médicas seguiria para a manutenção da saúde. Mantenha contato com um profissional habilitado e atualizado!

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Tratamento nas doenças do estômago e intestino

A abordagem nutricional para os problemas de estômago e intestino

A abordagem nutricional para os problemas de estômago e intestino se inicia com condutas alimentares específicas de acordo com cada diagnóstico. Essas condutas tem como objetivo de longo prazo, reequilibrar o funcionamento de todo o trato gastrointestinal (TGI). Afinal, o TGI tem início na boca, passando por faringe, esôfago, estômago e intestino, até chegar no reto e ânus.

No geral, a dieta inicial é elaborada para alívio rápido dos sintomas, muitas vezes por meio de uma restrição alimentar mais severa.

Após poucas semanas de seguimento, ao mesmo tempo que ocorre uma evolução positiva no restabelecimento das funções digestivas, das mucosas (paredes) do trato digestivo, e das funções absortivas, o paciente sente redução dos sintomas e maior conforto.

À medida que o paciente evolui, a dieta segue direção de retorno à alimentação cada vez mais completa e variada.

Na maior parte das vezes, a dieta inicial não é a mesma dieta a ser adotada para o resto da vida. São poucos os casos que apresentam, após o tratamento, necessidade de exclusão permanente de algum grupo alimentar ou alimento.

Na grande maioria, o restabelecimento de um processo digestivo e de uma microbiota saudável, melhora a resposta do corpo a maior parte dos alimentos não tolerados no início do tratamento (salvo em casos já com diagnóstico prévio de alergia ou intolerância).

Ou seja, se hoje você não tolera algum alimento, após o tratamento, o sistema digestivo estará mais bem preparado para recebê-lo sem provocar resposta inflamatória (gerando os sintomas atuais).

Nesse contexto, geralmente pode ser esperado os seguintes passos no tratamento:

FASE 01: alívio dos sintomas (tempo estimado: 2 a 4 semanas)

  • Na primeira consulta, será abordado todo o histórico de sintomas e verificados todos os diagnósticos e exames já realizados.
  • Serão identificados e removidos todos os alimentos potencialmente inflamatórios e substâncias prejudiciais para a saúde digestiva.
  • Será elaborado um cardápio para aliviar, de imediato, a dor e/ou desconforto principal (ex. dor abdominal, náuseas, vômitos, azia, diarreia, constipação etc.)
  • Ao mesmo tempo, o sistema digestivo será preparado para a proliferação de uma microbiota saudável.

FASE 02: melhora da quebra dos alimentos durante a digestão (tempo estimado: 2 semanas)

  • Após algumas semanas de seguimento do primeiro cardápio, já se consegue verificar redução importante da queixa inicial.
  • Buscando recuperação do processo digestivo, será hora de introduzir alimentos e suplementos que facilitem a digestão dos nutrientes, promovendo melhora na resposta inflamatória do organismo.

FASE 03: melhora na absorção dos nutrientes (tempo estimado: 3 a 4 semanas)

  • Com o restabelecimento de um processo digestivo mais equilibrado, o foco desta etapa é recuperar a mucosa do trato gastrointestinal para garantir que os nutrientes da dieta sejam bem absorvidos.
  • Com a melhora na absorção, serão suplementadas as vitaminas e minerais deficientes (verificados por exames), decorrentes da má digestão de longo prazo.
  • Este momento também é apropriado para a introdução de alimentos e/ou suplementos que fortaleçam a imunidade e melhorem o equilíbrio da microbiota intestinal.

FASE04: Reintrodução dos alimentos (4 semanas)

  • Com o restabelecimento do processo de digestão e absorção, são iniciados testes de reintrodução de alimentos.
  • Esses testes são fundamentais para direcionar a elaboração de um cardápio individualizado, segundo suas tolerâncias alimentares.

FASE 05: Dieta personalizada (dieta permanente)

  • Finalizados os testes, serão conhecidos todos os alimentos toleráveis e não toleráveis e suas quantidades.
  • Será elaborada uma dieta equilibrada e adequada às suas necessidades.
  • Serão abordadas as condutas necessárias para preservar a integridade da mucosa e manter a saúde digestiva que foi restabelecida.

Observação: o tratamento é sempre aliado ao objetivo secundário de emagrecimento/definição, manutenção do peso ou ganho de peso/hipertrofia.

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